domingo, 29 de novembro de 2015

Astronomia no Ciclo de Alfabetização: incluindo pessoas e saberes


A profª Carla fez a leitura do Livro “O Pequeno Príncipe”, de Saint-Exupèy, onde o Príncipe chega ao Planeta Terra. Depois de olharmos o blog e das profes fazerem considerações metacognitivas sobre o último encontro do módulo Interdisciplinaridade, começamos a análise do texto “A interdisciplinaridade na sala de aula: reflexões sobre as intencionalidades docentes a partir do olhar das professoras e das crianças (Caderno 3 – pg. 46 – 65), onde continuamos a discussão sobre os Projetos de Ensino-aprendizagem utilizando o texto como base. As Professoras foram questionadas sobre possibilidades de projetos no ciclo de alfabetização, que integrem os conteúdos, mas apontei que é preciso também buscar a integração das pessoas. Abrimos um debate, onde buscamos a reflexão sobre como nós professores e nossos alunos estamos incluídos ou não na escola.

Começarmos a debater o texto “Ciclo de Alfabetização e Direitos de Aprendizagem” (Caderno 1 – p. 19 – 29), onde refletimos sobre a inclusão dos alunos na organização dos ciclos. As manifestações sobre os ciclos foram muito negativas e a impossibilidade de retenção de alunos foi vista como um ponto de exclusão dos mesmos, uma vez que alunos que precisam amadurecer, cognitiva e socialmente são obrigados a avançarem sem a estrutura que precisariam para superarem suas dificuldades. Apontei o conceito de ciclo apresentado no texto e questionei a relação entre ciclo e seriação. Percebemos que o ciclo adotado em Novo Hamburgo foi o de progressão e não o de formação, gerando uma insatisfação dos professores, pois sentem sua autonomia pedagógica ferida. Concluímos que os alunos também não têm sua inclusão garantida, pois a preocupação percebida está muito mais na politicagem do que no atendimento das necessidades educacionais dos alunos.



Nesse ponto começamos a dinâmica, onde pedi que cada professora refletisse sobre a sua presença na escola, buscando uma palavra para representar o seu trabalho. Cada uma pegou uma tira de papel e escreveu a sua palavra. Em seguida, uma a uma foi compondo o painel com as percepções da professora da turma sobre o trabalho que realiza na escola.


Para finalizar o encontro, apresentei os Direitos de Aprendizagem de Ciências Naturais e Humanas, sob a perspectiva da interdisciplinaridade. Para exemplificar um trabalho integrador, levei a oficina de astronomia, desenvolvendo os seguintes passos com as professoras alfabetizadoras:
Terminamos o encontro contextualizando as atividades diante dos Direitos de Aprendizagem de Ciências Humanas e Naturais.

4 comentários:

  1. Aula muito boa! Mais uma vez a discussão foi pautada nas políticas públicas que, ao contrário do que dizem os documentos, as leis, continuam sustentando "escolas de vitrine". Ou até querendo fazer cumprir leis, que na prática, fora do papel, não funcionam, porque não temos as condições necessárias para isso.
    Cristiane M.

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  2. Concordo com a colega Cristiane. Infelizmente vivemos discutindo leis que são belas no papel, mas que na prática não funcionam ou atrapalham. Prova disto é a questão do ciclo que se solucionasse alguma coisa não estaríamos vivendo esse verdadeiro caos no final do 3º ano onde as colegas que ali atuam estão preocupadas com o grau de dificuldade dos alunos, que foram somente prejudicados com a progressão. Infelizmente temos de deixar progredir alunos com dificuldades e temos de reter alunos que poderiam acompanhar o ano subsequente. Exemplo disto são meus dois alunos que teriam todas condições de acompanhar um segundo ano, neste ano, mas não puderam ser promovidos.
    A aula como as anteriores foi bem diversificada, proveitosa e prazerosa.

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  3. PENSO QUE ALUNOS NÃO ALFABETIZADOS NÃO DEVERIAM PASSAR DE ANO.

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  4. Penso que, após todos estes anos com esta proposta curricular, seria interessante ouvir os professores para que estes confirmem o que todas nós já sabemos. Esta proposta é FALHA e já deveria ter sido revista a muito tempo. Chega de tratarmos os alunos como cobaias.

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Reflexões Metacognitivas:
O que foi aprendido? Como foi aprendido? O que não foi aprendido?