sábado, 5 de dezembro de 2015

Ludicidade e Interdisciplinaridade para um Currículo Inclusivo no Ciclo de Alfabetização

“O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração” 
Saint-Exupèry 

Fechamos o curso da maneira como começamos: falando de currículo e com "O Pequeno Príncipe". 

As professoras falaram das dificuldades que temos em cumprir com as nossas atribuições nas escolas, retomando a questão da fragilidade da autonomia pedagógica. Para tanto, foi ressaltada a importância das redes de trabalho tanto nas escolas quanto entre as escolas, como ocorre no PNAIC, que pode ser um ponto de reflexão para a reconstrução permanente da nossa prática pedagógica. Diante dos questionamentos apresentados sobre os ideais de educação apontados nos textos estudados durante todo o curso e as dificuldades percebidas na realidade, fiz uma pergunta reflexiva, que cada um deveria começar a responder para si mesmo: onde cada uma de nós está diante desses dois extremos? 

A discussão deve seguir para uma auto-avaliação docente. Se a realidade não é ideal, precisamos refletir sobre qual é o ideal pedagógico de cada um e o que pode ser feito para aproximar a nossa prática pedagógica do que entendemos como um ideal.



A partir do vídeo O Currículo no Ciclo de Alfabetização é possível realizar um debate sobre as aproximações entre as temáticas centrais do PNAIC 2015: Ludicidade, Interdisciplinaridade e Currículo inclusivo, através dos seguintes questionamentos e suas problematizações: 
  • As escolas onde atuamos valorizam a infância dos alunos que recebemos? 
  • No trabalho que realizamos há espaço para a integração dos componentes curriculares? 
  • Os alunos que recebemos encontram possibilidades (de espaço, materiais e tempo) para superarem suas limitações em atingirem os objetivos de aprendizagem?

As professoras alfabetizadoras trouxeram as percepções de seus alunos sobre a escola. Refletimos sobre a caminhada do PNAIC 2015, onde discutimos questões de autonomia e profissionalização docente, metodologias interdisciplinares e direitos de aprendizagem, enfatizando a importância da ludicidade e da inclusão para que nossos alunos realmente se percebam como parte da escola.










Terminamos com mais um capítulo de "O Pequeno Príncipe", onde a presença ilustre da Raposa veio nos lembrar que toda a caminhada percorrida no PNAIC 2015 perde o sentido quando deixamos de lado a afetividade. Por isso, cada uma levou um coração para casa, reforçando as palavras da raposa.



Que nossos pequenos passos pelos caminhos da ludicidade, da interdisciplinaridade e do currículo inclusivo façam parte de cada uma de nós, em busca do que é essencial para o nosso trabalho. 



Profª Daniela Menezes 


domingo, 29 de novembro de 2015

Astronomia no Ciclo de Alfabetização: incluindo pessoas e saberes


A profª Carla fez a leitura do Livro “O Pequeno Príncipe”, de Saint-Exupèy, onde o Príncipe chega ao Planeta Terra. Depois de olharmos o blog e das profes fazerem considerações metacognitivas sobre o último encontro do módulo Interdisciplinaridade, começamos a análise do texto “A interdisciplinaridade na sala de aula: reflexões sobre as intencionalidades docentes a partir do olhar das professoras e das crianças (Caderno 3 – pg. 46 – 65), onde continuamos a discussão sobre os Projetos de Ensino-aprendizagem utilizando o texto como base. As Professoras foram questionadas sobre possibilidades de projetos no ciclo de alfabetização, que integrem os conteúdos, mas apontei que é preciso também buscar a integração das pessoas. Abrimos um debate, onde buscamos a reflexão sobre como nós professores e nossos alunos estamos incluídos ou não na escola.

Começarmos a debater o texto “Ciclo de Alfabetização e Direitos de Aprendizagem” (Caderno 1 – p. 19 – 29), onde refletimos sobre a inclusão dos alunos na organização dos ciclos. As manifestações sobre os ciclos foram muito negativas e a impossibilidade de retenção de alunos foi vista como um ponto de exclusão dos mesmos, uma vez que alunos que precisam amadurecer, cognitiva e socialmente são obrigados a avançarem sem a estrutura que precisariam para superarem suas dificuldades. Apontei o conceito de ciclo apresentado no texto e questionei a relação entre ciclo e seriação. Percebemos que o ciclo adotado em Novo Hamburgo foi o de progressão e não o de formação, gerando uma insatisfação dos professores, pois sentem sua autonomia pedagógica ferida. Concluímos que os alunos também não têm sua inclusão garantida, pois a preocupação percebida está muito mais na politicagem do que no atendimento das necessidades educacionais dos alunos.



Nesse ponto começamos a dinâmica, onde pedi que cada professora refletisse sobre a sua presença na escola, buscando uma palavra para representar o seu trabalho. Cada uma pegou uma tira de papel e escreveu a sua palavra. Em seguida, uma a uma foi compondo o painel com as percepções da professora da turma sobre o trabalho que realiza na escola.


Para finalizar o encontro, apresentei os Direitos de Aprendizagem de Ciências Naturais e Humanas, sob a perspectiva da interdisciplinaridade. Para exemplificar um trabalho integrador, levei a oficina de astronomia, desenvolvendo os seguintes passos com as professoras alfabetizadoras:
Terminamos o encontro contextualizando as atividades diante dos Direitos de Aprendizagem de Ciências Humanas e Naturais.

Descobrindo-nos através da Arte Cênica: Interdisciplinaridade na arte


Depois do acompanhamento do blog e das combinações, nos momentos iniciais desse encontro, fizemos um debate sobre a prática pedagógica no Ciclo de Alfabetização a partir da ideia da interdisciplinaridade. As professoras alfabetizadoras apresentaram exemplos de projetos e sequências didáticas vividas por elas, assim foram estabelecidas diferenças entre projetos e sequências didáticas, sendo o primeiro uma organização do trabalho pedagógico em relação a um tema, envolvendo e motivando os alunos, e o segundo uma organização didática do professor, envolvendo uma sequência de atividades encaminhada em torno de um conteúdo curricular. Na discussão, foi enfatizado que existem vários tipos de projetos escolares, estabelecendo uma diferença entre os projetos de ensino, focados no professor e os de aprendizagem, focados no aluno. Nesse sentido, os projetos devem sempre envolver o ensino e a aprendizagem conjuntamente, abordando tanto as expectativas dos alunos quanto os conteúdos exigidos para cada etapa escolar.

Seguimos, então, com a leitura da resenha do texto “A interdisciplinaridade e o Ciclo de Alfabetização” (Caderno 3 – p. 9 – 23), onde as professoras alfabetizadoras fizeram referência à presença da interdisciplinaridade nos projetos e sequências didáticas exemplificados anteriormente. Foi apontado que além de fazer parte de uma metodologia de trabalho pedagógico, a interdisciplinaridade é uma postura pedagógica diante do cotidiano escolar, onde os objetivos planejados são superados a partir das conexões realizadas diante de uma atividade qualquer. Cabe ao professor fazer uso de seu repertório pedagógico para potencializar as experiências pedagógicas que vive. Ainda a partir do texto, relembramo o processo histórico de fragmentação do conhecimento para estabelecer uma relação entre disciplinaridade e interdisciplinaridade. Foi apontado que a separação das áreas do conhecimento foi importante para o aprofundamento teórico, fazendo a ciência evoluir. Porém, o grupo entendeu que estamos em um momento de retorno à integração das áreas do conhecimento, permitindo que reconhecer a interdisciplinaridade como uma alternativa para combater a fragmentação do conhecimento.

Na última parte desse encontro, foram apresentados os Direitos de Aprendizagem de outras linguagens, em especial artes e educação física, e experimentamos uma oficina de teatro, com atividades de voz e corpo, envolvendo trava-línguas, mímica e uma finalização com a leitura dramatizada de alguns capítulos do Livro “O Pequeno Príncipe”. Dessa forma, foram apresentadas técnicas fornecidas pela arte cênica que levam a ludicidade para o cotidiano escolar e permite a integração do currículo, abordando uma diversidade de temáticas a serviço de projetos e sequências didáticas em busca de uma prática pedagógica interdisciplinar através da Arte Cênica.

Exercícios de voz

Respirar e inspirar lentamente
Mandíbula - Abrir e fechar a boca o máximo que puder
Bochecha - Sorriso largo seguido por biquinho ou beijinho
Lábios - Vibrar os lábios
Língua - Contornar a parte externa dos dentes, com os lábios fechados

Trava-Línguas

As bruzundangas do brica-braque do Brandão
Brocaram broques de bronze
Brunidos, brocados, bruxolenatis
Abrazas esbrazonadas
Abrigos e brinquedos

O peito do pé do Pedro é preto,
nada é mais preto do que o peito do pé do Pedro.

O rato roeu a roupa do Rei de Roma
e a Rainha ruim resolveu remendar.

Com os dois últimos fizemos uma "batalha de trava-línguas", onde a turma se dividiu em dois grupos que se enfrentaram, defendendo cada um um dos trava-línguas.

Alongamento - Exercícios de Corpo

Dos pés até a cabeça, esticando e contraindo, depois relaxando.

Contagem Dramatizada


Em duplas, a tarefa era contar a sequência 1, 2, 3. Aos poucos, cada número era substituído por um movimento. Assim, não é mais possível falar o número e a contagem fica mais difícil.

Mímica das Emoções

No círculo, cada participante tinha que construir uma expressão de acordo com as emoções faladas e mantê-la como uma estátua. Na medida em que outra emoção era anunciada, a tarefa era trocar progressivamente de expressão, acompanhando as emoções.

Leitura Dramatizada

Utilizamos alguns capítulos do Livro "O Pequeno Príncipe". As professoras se dividiram em grupos e escolheram se iriam valorizar o diálogo ou a narrativa. Utilizamos a sequência de capítulos onde o Príncipe visita vários planetas.

O Príncipe conhece o Rei

O Príncipe conhece o Vaidoso

O Príncipe conhece o Homem de Negócios

O Príncipe conhece o Bêbado

O Príncipe conhece o Acendedor de Lampiões

O Príncipe conhece o Geógrafo

A temática apontada nesse encontro, associado às práticas vivenciadas permitiram uma integração entre as professoras alfabetizadoras e uma importante reflexão sobre nossa prática pedagógica.

Profª Daniela Menezes

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Em busca de um trabalho interdisciplinar na alfabetização: conceitos e rotina

A presente aula tem como objetivo elaborar o significado do termo interdisciplinaridade, refletindo sobre as possibilidades de inserção da interdisciplinaridade no trabalho pedagógico do Ciclo de Alfabetização. Para tanto, é preciso analisar a transição da Educação Infantil para o Ciclo de Alfabetização e compreender a contribuição da interdisciplinaridade para a construção de um ambiente de aprendizagem e de uma rotina significativa para os alunos do ciclo de alfabetização 


A partir da leitura do Texto: “A Criança, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental de 9 anos” (Caderno 2 – p. 34 - 46) podemos refletir sobre como a sala de aula pode se transformar em um ambiente de aprendizagem para a criança, relacionado as rotinas da Educação infantil ao Ciclo da Alfabetização.

Para contextualizar a ideia de interdisciplinaridade e suas contribuições para um trabalho pedagógico mais significativo, nos utilizamos das ideias apresentadas no vídeo do link abaixo.

Vídeo: Complexidade e interdisciplinaridade em Morin

A partir do vídeo se fazem necessárias as seguintes reflexões:
  • O que é interdisciplinaridade? 
  • Como esse princípio pode ser inserido no planejamento das turmas do ciclo de alfabetização? 
  • Quais são as vantagens e desvantagens da realização de um trabalho interdisciplinar para os alunos e professores?

Para finalizar, é preciso definir os elementos que devem fazer parte de uma rotina pedagógica significativa para os alunos do ciclo de alfabetização. Para tanto, foi proposto que cada professora alfabetizadora fizesse uma tabela com a organização da semana da turma a partir do planejamento semanal. Tanto é possível construir uma rotina semanal repetindo uma atividade semanalmente para fixação ou melhor organização dos alunos em relação aos conteúdos, tanto quando criar momentos semanais para a realização de atividades determinadas, como leitura, teatro ou música, permitindo uma valorização dos espaços da sala de aula nos planejamentos e a presença da interdisciplinaridade na rotina da turma.

Portanto, um trabalho interdisciplinar na alfabetização depende da elaboração do conceito de interdisciplinaridade e seus princípios pedagógicos aplicados na construção de uma rotina que valorize a ludicidade, abrindo espaço para que a criança em processo de alfabetização relacione informações no seu cotidiano, enquanto domina o sistema de escrita alfabética, fazendo um uso social da escrita e a leitura.

Profª Daniela Menezes

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Integrando saberes com as dobraduras: interdisciplinaridade a partir do lúdico


Nesse encontro, buscamos a integração entre os componentes curriculares para a alfabetização através de uma oficina de dobraduras, seguindo o início da discussão sobre a interdisciplinaridade no processo de alfabetização. Além desses importantes momentos do encontro, também valorizamos a V Semana Acadêmica do Polo UAB NH, participando da apresentação de trabalhos na modalidade Banner.

Logo depois das combinações iniciais já começamos a discussão sobre o texto “Currículo e interdisciplinaridade: a construção de conhecimento de forma integrada” (Caderno 3 – p. 22 – 33), relacionando-o com a palestra do Seminário realizada na semana anterior. 

Em geral, a posição das professoras alfabetizadoras sobre o Seminário Inicial com a palestra “Aprendizagem x Formação do professor: A Construção da Autonomia Docente“, da Profª Eunice Kiss de Souza foi positiva. Também relacionamos comentários do blog, suscitados a partir da leitura do texto, onde a questão da fragmentação do saber foi contextualizada historicamente e dentro das diferentes etapas de ensino. Na discussão, debatemos usamos como exemplo o Ensino Politécnico, implementado no Ensino Médio Estadual, no Rio Grande do Sul, apontando a presença do Seminário Integrado como um momento de pesquisa que visa a integração dos componentes curriculares. A Profª Daniela Mollman dividiu sua experiência com o Seminário Integrado em turmas de Ensino Médio, corroborando as impressões das professoras alfabetizadoras quanto à formação inicial dos professores de área específica que têm dificuldades na realização de trabalhos integrados, que visem a interdisciplinaridade. 

Avançando na discussão, falei sobre a importância de temas transversais que podem ser utilizados como agente integrador do currículo (Beane, 2003), sendo usados como um “fio condutor” do planejamento dos professores. As professoras alfabetizadoras relembraram dos cursos de magistério, que permitiam uma formação prática e abrangente. Apontei a importância da formação continuada e do posicionamento da prática pedagógica como objeto de estudo do professor, na busca pela qualidade de ensino. 


Seguimos com a apresentação dos Direitos de Aprendizagem de Matemática, contextualizando a discussão sobre a integração de áreas do conhecimento e iniciamos a oficina de dobradura com a Profª Gidiane Ross, apontando a aproximação desse tipo de atividade com conteúdos da matemática como formas geométricas, ângulos, medidas, proporcionalidade, presentes nos Direitos de Aprendizagem de Matemática e outras habilidades como motricidade, simetria, traçado, criatividade, etc. Fizemos 10 dobraduras, entre elas animais como girafa, tartaruga, zebra, leão, coelho e elefante, e outras como coração, bailarina e 2 tipos de árvores de Natal. Além das possibilidades óbvias de inserção dessas dobraduras nas aulas, relacionando-as com as temáticas que elas expressam, tanto a professora ministrante quanto as participantes foram apontando conteúdos e novas possibilidades de trabalho lúdico em sala de aula a partir da oficina.


Cada dobradura teve um nível de dificuldade diferente, mas todas foram usadas para refletirmos sobre a interdisciplinaridade. Desde os Direitos de Aprendizagem da Matemática, passando pelo potencial das imagens formadas com a construção ou representação de histórias interligadas a conteúdos de ciências naturais e humanas, tudo através de um caminho cheio das cores e beleza da arte. A Profª Gidiane nos explicou que essas dobraduras não são as clássicas, mas variações que envolvem corte e cola, como uma atividade que exige habilidades motoras e criatividade. A partir das ideias apresentadas na oficina, várias outras podem surgir.

 Girafa (2 tiras)
Dobrar a pontinha da primeira formando o pescoço (1) e as duas pontas da segunda (2), formando as patas. Colar o pescoço nas patas (3). Pintar as manchas e a cabeça (4)

 Zebra (2 tiras)
Dobrar a pontinha da primeira (1), formando a cabeça e dobrar um lado da segunda (2), formando a pata traseira. Ao colar os dois, observar o equilíbrio entre as patas (3). Pintar as listras e a cabeça (4).

 Leão (1 tira maior, 1 tira menor e um quadrado)
Com a tira maior, dobrar as duas pontas, formando as patas (2). Com o quadrado, dobrar as pontinhas, formando a juba (laranja - 4). Com a tira menor, marcar o meio e dobrar as duas pontas para dentro (3), formando uma "casinha", ajustar a altura recortando as pontas e dobrar as 4 pontinhas (5), formando um coração. Colar a juba nas patas e a cabeça na juba (6), completando com o desenho do rosto (7).

 Elefante (2 quadrados)
Com um quadrado, marcar o meio, dobrar uma pontinha de um lado inteiro (2) e dobrar os dois lados para dentro (3) , formando as patas. Com o outro quadrado, marcar o meio (4) e dobrar as pontas para dentro (5), em seguida, dobrar as pontas superiores para fora (6), formando as orelhas e a ponta de cima para finalizar a cabeça (6). A ponta de baixo pode ser dobrada várias vezes para formar a tromba (7). Colar a cabela nas patas e desenhar (8).

 Coelho (1 quadrado)
Marcar o meio e dobrar as pontas para dentro (3). Recortar as pontas de dentro para formar os dentes (4). Recortar o meio marcado até atingir o corte dos dentes (5). Recortar a outra ponta deixando uma distância de 1 dedo entre os cortes (6). Dobrar as pontas internas da dobra 2 para fora (7), formando os dentes. Dobrar o corte de cima, formando as orelhas (8). Virar e dobrar as pontas de fora do corte 5, formando as bochechas (9). Pintar o rosto (10).

 Coração (1 tira pequena)
Marcar o meio (1), dobrar para dentro, ajustar as pontas e dobrar s 4 pontinhas para dentro (2).

Árvore de Natal 1 (2 ou 3 quadrados)
Marcar o meio (1), dobrar as pontas para dentro (2), dobrar a ponta de baixo para dentro (3). Repetir o processo em cada quadrado e colar (4).

Bailarina (molde de bailarina recortado e 1 quadrado)
Dobrar o quadrado na diagonal e dobrar as pontas transpassadas (2). Recortar a base de forma arredondada e fazer piques no meio e nas laterais aleatoriamente (3). Abrir e vestir a bailarina (4).

Árvore de Natal 2 (meio círculo)
A partir da ponta do meio círculo, ir dobrando, respeitando os limites do cone formado. Enfeitar com bolinhas, estrela, etc.

Índio (1 quadrado)
Marcar o meio e dobrar as pontas para dentro. Dobrar a ponta mais larga para dentro, formando a base do rosto, e dobrar a parte mais estreita para dentro e para fora, formando a pena. Picotar a pena e pintar o rosto.

Tartaruga (2 tiras)
Na primeira tira, dobrar uma das pontas de uma lado, formando a cabela. Com a outra tira, dobrar as duas pontas bem abertas, formando o corpo. Recortar a cabeça para o pescoço não ficar muito longo e colar no corpo. Formar rabo com corte da cabeça.

Pude fazer questionamentos sobre os conteúdos abordados no texto e tivemos um momento divertido de integração, onde questões da dinâmica escolar surgiram entre nós, trocas de ideias para projetos e sequências didáticas foram apresentados, reconhecemos a importância das ajudas para superarmos as dificuldades que se apresentavam na execução das dobraduras e refletimos sobre o grau de dificuldade das dobraduras para nossos alunos. 


No fim, acompanhamos a exposição de Banners da V Semana Acadêmica da UAB Novo Hamburgo, onde reconhecemos projetos que seguiram princípios interdisciplinares, observando experiências que expressam o que estudamos no PNAIC 2015.

Começamos essa 3ª etapa do curso de formação, de forma leve e animada, mostrando que podemos aprender e ensinar com mais alegria e aprofundamento teórico.

Profª Daniela Menezes

domingo, 1 de novembro de 2015

A Construção da Autonomia Docente

Tivemos um seminário do PNAIC NH, intitulado "Aprendizagem x formação do professor: a construção da autonomia docente", onde a Prof Eliane Kiss de Souza, supervisora da área da matemática no PNAIC 2015 RS pela UFPEL, trouxe questionamentos e reflexões importantes para a formação do professor.
Como o professor pode aprender continuamente por meio da reflexão de sua prática?
Como pode o professor agir de modo a garantir a aprendizagem do aluno e ser protagonista de sua formação pedagógica?


Para construir possíveis respostas a esses questionamentos, nossa palestrante trouxe alguns pontos essenciais que devem ser inseridos na formação continuada do professor:
  • Experiência
  • Mobilização do conhecimento
  • Desconstrução de verdades
  • Relação teoria-prática
Para que o professor assuma seu papel de protagonista na construção de sua autonomia docente, o mesmo precisa planejar suas aulas, praticar em sala de aula o que planejou e avaliar sua vivência pedagógica cotidiana. Para tanto, deve reconhecer a complexidade do cotidiano escolar, buscando a interdisciplinaridade nos fundamentos filosóficos, sociológicos, históricos e psicológicos da educação, juntamente com as áreas do conhecimento pressentes no currículo escolar enquanto constrói processos didático-metodológicos para atingir a diversidade de alunos que encontra em sua sala de aula, respeitando as características individuais dentro do perfil da turma.

Pensando nisso, o governo federal organizou uma formação continuada que seguia as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, cujo artigo 17 coloca a necessidade da interdisciplinaridade e contextualização das disciplinas que fazem parte da nossa grade curricular. Integram a base nacional comum: a) a Língua Portuguesa; b) a Matemática; c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena, d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música; e) a Educação Física; f) o Ensino Religioso. Já a parte diversificada pode ser organizada em temas gerais, na forma de eixos temáticos, selecionados coletivamente, incluindo: saúde, sexualidade e gênero, Estatuto da Criança e do Adolescente, Educação Ambiental, Educação para o Consumo, Educação Fiscal, Educação para o Trânsito e Direitos do Idoso.

Porém, "nenhuma mudança na prática acontece com leis implementadas", disse nossa convidada. Por isso é precisa como pelo pensamento, promovendo uma reforma. Nesse contexto, entre 2010 e 2013, foram definidas as bases para uma formação continuada nacional, pensando no ciclo da alfabetização. Para tanto, se fazia necessário estabelecer um pacto entre os níveis federal e estadual/municipal, pautado em conceitos, metodologias e direitos de aprendizagem do aluno. Além da formação, foram distribuídos materiais didáticos (livros e jogos), realizada uma avaliação sistemática e pensado nos processos de gestão, mobilização e controle social, onde o sistema de escrita alfabética (SEA) e o sistema de numeração decimal (SND) foram problematizados e debatidos.

Em 2013, foram 8 cadernos enfatizando a linguagem por cada um dos 3 anos do ciclo de alfabetização, Em 2014, os cadernos enfatizaram a matemática e forma organizados por assunto. Já em 2015, a ênfase está na interdisciplinaridade, onde é feita uma problematização do cotidiano, apontando o registro e o confronto com a teoria como um caminho para a autonomia docente através da construção de possibilidades de intervenções. Para 2016, a previsão é de se explorar o demais componentes curriculares, como ciências da natureza, ciências humanas e artes.


Como é possível trabalhar os diferentes componentes curriculares, das diferentes áreas do conhecimento, de forma interdisciplinar, sem deixar de considerar as especificidades de cada uma? A resposta trazida pela palestrante é direta: Através de projetos didáticos e sequências didáticas, onde a sistematização deve ser do professor, com um planejamento completo, mas flexível e a ludicidade como metodologia.


Para finalizar, a palestrante traz o C de Competência, que deve fazer parte do trabalho docente, mas que é consequência de outros Cs promovidos pela formação continuada:
  • Capacidade de perceber o contexto
  • Compreensão de leis e teorias
  • Criatividade na ação pedagógica
  • Cooperação entre os docentes
Profª Daniela Menezes

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Contextualizando a infância e o brincar: dinâmicas para a alfabetização

Para contextualizar o universo infantil e refletir sobre os alunos que recebemos nas nossas salas de aula, buscamos no documentário abaixo exemplos da expressão da infância e diferentes formas dos adultos perceberem o universo infantil.

Vídeo Mitã

Questões para debate:
  • Qual é a relação da realidade apresentada com as crianças que recebemos nas nossas escolas? 
  • De que maneira as escolas estão abrindo espaço para que os alunos do Bloco Pedagógico sejam crianças durante o período de aula?
Cada Professora Alfabetizadora teve a tarefa de descrever uma dinâmica que valorize a ludicidade e os direitos de aprendizagem com suas turmas. Com as dinâmicas apresentadas montaremos uma aba no blog para que todos tenham acesso às ideias como inspiração para o desenvolvimento de atividades lúdicas com suas turmas.

Para a realização do nosso trabalho, é importante reconhecermos no universo infantil os elementos que encontramos entre os alunos recebidos em nossas salas de aula. Quanto mais espaço a ludicidade tiver nas nossas aulas, respeitando a diversidade existente no universo infantil, mais os alunos estarão motivados nas aulas, se apropriando dos espaços oferecidos, o que promove uma aprendizagem mais significativa.

Profª Daniela Menezes